terça-feira, 24 de novembro de 2009

Escola Segura



PSP: a violência escolar não está a aumentar

Sensibilizar pais, professores e auxiliares
é uma aposta da Escola Segura

Furtos e ofensas corporais são os crimes mais praticados no interior e nas imediações dos estabelecimentos de ensino, segundo revelou a chefe da Divisão de Prevenção Pública e Proximidade da PSP.
De acordo com a responsável pelo programa Escola Segura na Polícia de Segurança Pública, os furtos são maioritariamente entre alunos, sendo que os telemóveis, ténis e moedas estão entre os objectos mais furtados.
A subintendente Virgínia da Cruz referiu à Lusa que a introdução nas escolas de um cartão tipo Multibanco para os alunos comprarem as senhas dos almoços e os lanches “veio fazer decrescer o número de furtos em algumas escolas”.Dentro das ofensas corporais está o 'bullying', situação que Virgínia da Cruz disse ser “muito frequente no interior das escolas”. “Tem sido feita muita sensibilização. As pessoas estão mais atentas e já não há uma evolução tão drástica como existia, mas ainda ocorrem casos de 'bullying' na escola”.Estes crimes ocorrem mais nas escolas de Lisboa e Porto, mas Virgínia da Cruz referiu que são proporcionais ao número de escolas existentes e à sua dimensão.
Para a responsável pelo programa Escola Segura da PSP, a violência escolar não está a aumentar. “Pelo trabalho que é feito e pelo “feedback” que me é dado pelas equipas da Escola Segura, não sinto clima de evolução no que diz respeito à violência nas escolas”, sublinhou.Virgínia da Cruz afirmou ainda que “há maior sensibilidade” para a problemática da violência escolar, existindo “um esforço do Ministério da Educação para sensibilizar os órgãos das escolas para que todas as infracções sejam comunicadas”. “A violência sempre existiu e não era participada, ela continua a existir e é mais participada”, sublinhou.
Em todo o país, a PSP tem 344 agentes ao serviço do programa Escola Segura, que durante o ano lectivo promovem junto de 2.885 escolas condições de segurança, através da vigilância das áreas envolventes e do policiamento dos percursos habituais de acesso aos estabelecimentos.
Acções de sensibilização e informação junto dos alunos sobre questões de segurança é outra das missões da Escola Segura.
A chefe da Divisão de Prevenção Pública e Proximidade da PSP destacou que está a apostar-se, também, na sensibilização dos pais, professores e auxiliares. Como exemplo na aposta dos pais, sublinhou as acções sobre o uso da internet pelos filhos.“Os miúdos sabem utilizar a internet, os pais é que muitas vezes não sabem o que é que eles estão a fazer na internet. Este problema é uma questão muito importante e que está na agenda dos problemas europeus. O público-alvo a privilegiar aqui são os pais”, disse.

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